segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Um conto

O dia amanheceu com chuva e vento, não estava muito agradável para quem precisasse de sair de casa, aproximando-se o fim da manhã a chuva se foi e apareceu o sol e ficou um pouco de vento. 
Passando o dia em casa, andei pela net fazendo pesquisa, de repente apeteceu-me ler um conto, um conto do livro de Ramiro Calle  "Os melhores contos espirituais do Oriente" e também pensei em partilha-lo convosco.


Abri o livro ao acaso, e foi este o conto:

 As duas rãs

Era uma rã que sempre tinha vivido no mar. Decidiu dar um passeio e, de súbito, tropeçou e caiu num buraco fundo, no qual tinha nascido e vivido sempre outra rã. A rã do estreito e mísero buraco perguntou à recém-chegada:
- De onde vens?
- Do mar.
- É grande o mar?
- Oh, nem imaginas, amiga! O mar é imenso.
A rã do poço ficou pensativa por um instante e, a seguir perguntou:
- É o mar tão grande como a minha casa?
- Não se pode comparar o mar com a tua casa. O mar é enorme, descomunal.
Então, a rã do poço ficou fora de si, atacada pela ira, e começou a bater na sua companheira enquanto gritava:
- Mentira, mentira! Não pode haver nada maior que a minha casa, nada! És uma grande mentirosa e agora mesmo vou expulsar-te daqui.

Assim como a rã, existem pessoas que vivem somente para o seu ego, são inseguras e quando sentem-se ameaçadas por outros ficam fora de si, com ira e não aceitam ver a verdade, vivem no seu egocentrismo e muitas delas dificilmente mudam.







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